Vê-se, assim, que para existir a escola não basta a existência do saber sistematizado. É necessário viabilizar as condições de sua transmissão e assimilação, isso implica dosá-lo e sequencia-lo de modo que a criança passe gradativamente do seu não-domínio ao seu domínio. Ora, o saber dosado e sequenciado para efeitos de sua transmissão-assimilação no espaço escolar, ao longo de um tempo determinado, é o que nós convencionamos chamar de “saber escolar”. (SAVIANI, p.4,1984
“A compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material cujo produto não se separa do ato de produção nos permite situar a especificidade da educação como referida aos conhecimentos, idéias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários á formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens.” (SAVIANI, p.6,1984)
“[...] não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular.” (SAVIANI, p. 2.1984).
SCHMIED-KOWARZIK (1983): A educação é uma função parcial integrante da produção e reprodução da vida social, que é determinada por meio da tarefa natural e, ao mesmo tempo, cunhada socialmente da regeneração de sujeitos humanos, sem os quais não existiria nenhuma práxis social. A história do progresso social é simultaneamente também um desenvolvimento dos indivíduos em suas capacidades espirituais e corporais e em suas relações mútuas. A sociedade depende tanto da formação e da evolução dos indivíduos que a constituem, quanto estes não podem se desenvolver fora das relações sociais
Didática da afirmação de cunho político e da negação do técnico; da denuncia do caráter alienado e alienador do processos de formação e do seu atrelamento aos mecanismos de reprodução do sistema social capitalista. (FARIAS p. 18, 2009)
A didática crítica sobrepõe o que é fundamental no ato educativo, ou seja: o entendimento da ação pedagógica como prática social; a percepção da multidimensionalidade do processo de ensino e aprendizagem, reconhecendo suas dimensões humana técnica e política; a subordinação do que e como fazer ao para que fazer; a colocação da competência técnica a serviço do compromisso político com uma sociedade democrática e, consequentemente, comprometida com o projeto de emancipação humana (FARIAS p.20,2009).
A escola é o lócus de construção de saberes e de conhecimentos. O seu papel é formar sujeitos críticos, criativos, que domine um instrumental básico de conteúdos e habilidades de forma a possibilitar a sua inserção no mundo do trabalho e no pleno exercício da cidadania ativa. (SILVA, p.196. 2002)
Cuida de extrair dos diversos campos de conhecimento humano (por exemplo, língua portuguesa, matemática, história , ciências,etc.) aqueles conhecimentos e habilidades que devem constituir o saber escolar para fins de ensino (LIBÂNEO p.96,1992).
1988 Constituição Federal no artigo 205: “direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”