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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Qualidade no ensino começa com valorização dos professores, afirma presidente da AFPESP

 

Artur Marques, presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), salienta ter sido importante o reajuste de 14,9% do piso nacional dos professores da educação básica para 2023, estabelecido em portaria do Ministério da Educação. “A medida, que elevou o valor para 40 horas a R$ 4.420,55, embora ainda insuficiente para melhorar a classificação do magistério de nosso país no ranking mundial de remuneração do setor, faz justiça à categoria, cuja missão é decisiva para o desenvolvimento nacional, necessariamente condicionado à universalidade e qualidade do ensino público”, enfatiza.

Ante as dúvidas e polêmicas sobre a questão, Artur Marques lembra que o reajuste dos professores da educação básica baseia-se na variação do Valor Aluno Ano Final (VAAF), que foi de 15% em 2022, na comparação com 2021. A atualização é autoaplicável para a fixação do Piso Nacional do Magistério, de acordo com a Lei nº 11.738/2008.
 

Nas escolas da rede estadual paulista e da prefeitura de São Paulo, a dúvida existente sobre a obrigatoriedade ou não de as unidades federativas acatarem o reajuste estabelecido pela portaria federal não tem efeito prático. No ano passado, o piso do magistério estadual já era de R$ 5 mil e o da capital, R$ 5,05 mil. “Ou seja, em ambos os casos os valores já superam o piso nacional. Assim, resta saber como ficará a situação em grande parte dos munícipios”, frisa o presidente da AFPESP.
 

Artur Marques, comentando a recomendação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) de que as prefeituras não acatem o reajuste de 14,9%, considera não ser possível fazer juízo responsável sobre a questão, pois há dúvidas jurídicas sobre a obrigatoriedade ou não de ser respeitado o piso nacional. “Oportunamente, no prazo mais curto possível, é preciso estabelecer um critério legal definitivo para isso, para que não haja questionamentos e polêmica toda vez que o novo piso nacional é anunciado”, pondera.
 

Em caráter imediato, porém, o presidente da AFPESP recomenda que esta situação seja revista e que os municípios tentem pagar o novo piso ou o maior salário possível aos professores. As verbas são provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que conta com recursos de todas as unidades federativas e participação da União, que será de 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; e se estabilizará em 23% a partir de 2026. É o que estabelece a Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, que regulamentou o Fundeb.
 

“Valorizar o Magistério é de fundamental importância para o desenvolvimento da nação”, afirma Artur Marques, citando o estudo Education at a Glance 2021, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): no Brasil, a média do salário inicial dos professores dos anos finais do Ensino Fundamental é a menor entre 40 países analisados. “Estamos atrás inclusive de algumas nações latino-americanas incorporadas no relatório, que é conclusivo quanto à prioridade de melhorar as condições do nosso professorado”.
 



Sobre a AFPESP

 

A Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) é uma entidade sem fins lucrativos e direcionada ao bem-estar dos servidores civis estaduais, municipais e federais atuantes do território paulista. Fundada há nove décadas, é a maior instituição associativa da América Latina, com mais de 240 mil associados.
 

Está presente em mais de 30 cidades. Tem sede e subsede social no centro da capital paulista, 20 unidades de lazer com hospedagem em tradicionais cidades turísticas litorâneas, rurais e urbanas de São Paulo e Minas Gerais, além de 19 unidades regionais distribuídas estrategicamente no Estado de São Paulo.

 

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Ricardo Viveiros ﹠ Associados — Oficina de Comunicação