Professora do curso de Enfermagem da Anhanguera apresenta orientações para evitar o contato com animais peçonhentos
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O clima quente e úmido do verão aumenta a preocupação com picadas de escorpião no Brasil e o número de encontros com esse animal peçonhento cresceu no ano passado. Como informou o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo, houve 42,1 mil acidentes envolvendo esses artrópodes em 2022, cenário 22% maior do que em 2021, quando foram registrados 34,5 mil casos. Especialistas alertam que o veneno pode ser letal, principalmente para crianças.
De acordo com a docente do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Glaucia Karen de Sousa, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento antes dos dez anos de idade, o que aumenta a vulnerabilidade dos pequenos. “O peso corpóreo menor também é um agravante para os menores, porém, qualquer indivíduo deve ser levado para um atendimento de saúde após uma picada, o mais rápido possível”, enfatiza a enfermeira.
Além das crianças, os idosos também podem sofrer consequências mais graves com esses acidentes. Trabalhadores da área de construção civil e pessoas que passam grande parte do tempo em quintais, jardins ou nos arredores das casas são considerados mais vulneráveis dentro dos grupos de maior exposição aos escorpiões e precisam redobrar a atenção. Os animais se escondem em folhas secas, no lixo doméstico (em busca de baratas e outros insetos para se alimentar), no acúmulo de entulhos e em materiais para obras.
O indivíduo picado sente dor instantânea, com vermelhidão no local e inchaço leve por conta da concentração de líquido. Os sintomas que se seguem são a sensação de formigamento, piloereção (pelos arrepiados), sudorese (suor) e, em casos críticos, tremores, enjoos, vômitos, diarreia, agitação incomum, aumento na produção de saliva e hipertensão.
ORIENTAÇÕES
A recomendação é que a pessoa acidentada seja encaminha para o pronto-atendimento imediatamente, onde um profissional de saúde capacitado irá examinar a situação e indicar o antiveneno necessário para o caso. Se possível, o indivíduo deve levar o escorpião ou uma foto do animal para facilitar a identificação da espécie e otimização a avaliação. O local da picada pode ser lavado com água e sabão, desde que não atrase a ida ao hospital.
A docente da Anhanguera destaca as principais dicas para prevenir os encontros com animais peçonhentos:
- Evitar o acúmulo de sujeira em terrenos baldios que estejam nas proximidades das residências. O poder público pode ser acionado para o serviço.
- Limpar, regularmente, os jardins e quintais de casa, além de retirar entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nos arredores do local.
- Não colocar as mãos dentro de buracos, sob pedras, em entulhos e troncos podres, pois podem ser o esconderijo de escorpiões e outras espécies peçonhentas. Se necessário, usar luvas e calçados.
- É preciso vedar vãos e frestas pela casa, buracos em paredes, consertar rodapés despregados e usar telas em janelas, ralos do chão, pias e tanques.
- Antes de colocar roupas e sapatos, é aconselhado sacudi-los para verificar se há aranhas e escorpiões escondidos neles.
- Retirar o lixo domiciliar periodicamente e utilizar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados (como latas de lixo com tampa), para não atrair insetos como moscas e baratas, que servem de alimento para os escorpiões.
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